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GESTÃO DA MOBILIDADE URBANA: FINANCIAMENTO DO TRANSPORTE PÚBLICO

A mobilidade urbana é um elemento essencial para garantir a qualidade de vida nas cidades. A consolidação dos municípios como centros aglutinadores do desenvolvimento econômico e social faz crescer os desafios para garantir que as pessoas e os bens tenham fluxos eficientes, sustentáveis e seguros, assegurando a inclusão social. O transporte público é o principal meio de locomoção, responsável por garantir eficiência do fluxo de pessoas. Considerando a sua importância, é crucial compreender os mecanismos que viabilizam os investimentos para a ampliação da infraestrutura e dos serviços públicos, bem como a complexa dinâmica do financiamento do seu custeio.

A redução do número de passageiros no transporte público – segundo o Anuário da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), o total de usuários de passageiros nos ônibus caiu 44% nos últimos dez anos – provoca uma crescente diminuição da capacidade do sistema em gerar receitas tarifárias e, ao mesmo tempo, determina a urgência de incrementos significativos no volume de subsídios concedidos. O surgimento de modos concorrentes e a pandemia, bem como a redução da qualidade dos serviços prestados, exigem a reavaliação dos modelos de contratação e seu financiamento (tanto de investimentos, como de custeio).

Ou seja, temos uma situação complexa na qual, de um lado, vemos a queda da demanda, e de outro, a resposta com corte de custos e a diminuição da qualidade, que vem levando a perdas adicionais de demanda. É preciso interromper esse ciclo, buscando soluções criativas para o incremento dos investimentos que levem ao aumento da qualidade, com a consequente elevação da atratividade e da demanda.

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